Município de Pombal

O município de Pombal vai lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) de terrenos florestais espalhados pelo seu território, numa iniciativa com um orçamento de 150 mil euros e que poderá repetir-se ainda este ano.

Com esta OPA, a Câmara de Pombal pretende assumir-se como proprietária de terrenos florestais onde vai procurar assegurar questões como a biodiversidade, a valorização económica e a diminuição do risco de incêndios. "O proprietário procura retirar o máximo de rendimento possível da sua propriedade", utilizando monoculturas intensivas porque são mais rentáveis, disse à agência Lusa o presidente do município Diogo Mateus, referindo que essa exploração "aumenta o risco de incêndio, pode ser maior consumidora de recursos hídricos e pode provocar mais erosão".

Com a gestão de alguns terrenos pela autarquia, esta poderá assumir interesses diferentes dos proprietários privados, com um aproveitamento "concentrado no interesse público", referiu. O município quer realizar aquisições "de uma forma distribuída por todo o território", havendo expectativa de que este seja "um precioso auxílio" para se começar a cadastrar os terrenos florestais, frisou.

Segundo Diogo Mateus, esta será também uma oportunidade para se começar a pensar na criação de uma zona de intervenção florestal, que até agora não foi possível existir em Pombal por o território florestal estar demasiado distribuído pelo minifúndio. O valor da compra será 0,40 euros a um euro por metro quadrado, esperando a Câmara lançar a OPA em agosto, aproveitando a altura em que muitos emigrantes estão pelo concelho. A dimensão mínima do território para compra pelo município é de um hectare, podendo vários proprietários juntar-se para apresentarem um único terreno para compra por parte da autarquia, esclareceu.

O município espera ainda este ano voltar a lançar nova OPA, sendo que Diogo Mateus frisou que esta será uma iniciativa para ser "repetida várias vezes, todos os anos".