O multimilionário russo Iuri Milner, investidor na área da Internet, anunciou esta terça-feira outra iniciativa de 100 milhões de dólares (88 milhões de euros) destinados à compreensão do cosmos, desta vez para desenvolver milhares de pequeninas sondas para viajarem até ao sistema solar mais perto da Terra e enviar de volta fotografias. Se a missão for bem-sucedida, os cientistas poderão determinar se Alfa do Centauro, um sistema composto por duas estrelas a cerca de 46,3 biliões de quilómetros de distância, tem um planeta parecido com a Terra capaz de albergar vida.
O senão: poderá levar anos a desenvolver o projecto, baptizado Breakthrough Starshot e não há garantia de que funcionará. O anúncio desta terça-feira, que teve o aval do físico britânico Stephen Hawking, surge menos de um ano depois do anúncio do Breakthrough Listen – também de 100 milhões de dólares, igualmente apoiado por Iuri Milner, destina-se a monitorizar sinais de rádio à procura de vida inteligente pelo Universo.
O Breakthrough Starshot envolve o lançamento de pequenos veículos movidos por fotões, que transportam câmaras e equipamentos de comunicação.
Os cientistas esperam que esses veículos, nanossondas, acabem por viajar a 20% da velocidade da luz, o que será mais de mil vezes mais rápido do que as sondas actuais. Pete Worden, antigo director do Centro de Investigação Ames da NASA, é o coordenador do projecto. O investigador tem a ideia de enviar para a órbita da Terra uma sonda convencional maior, que conterá milhares de nanossondas, e depois lançar daí nanossonda a nanossonda, disse em entrevista.
A ideia tem precedentes, mas com resultados mistos. Há dois anos, o projecto KickSat, da Universidade de Cornell, nos EUA, esmoreceu depois de uma sonda que transportava 140 microssatélites ter falhado a sua libertação no espaço. O plano era deixar os pequenos satélites em órbita a recolher dados durante semanas. Pete Worden tem noção dos desafios, incluindo a sobrevivência das nanossondas ao impacto dos lançamento espacial. Depois, essas sondas teriam de sobreviver a 20 anos de viagem pelo ambiente adverso do espaço interestelar, com obstáculos como as colisões de poeiras espaciais.
“Os problemas estão por resolver – e qualquer um deles é um desmancha-prazeres”, disse Pete Worden, acrescentando que é muito provável que os governos não participem nesta investigação devido à sua natureza especulativa. No entanto, sublinhou, a tecnologia é suficientemente promissora para valer a pena investir nela. Se esta nanotecnologia chegar ao sistema solar mais próximo e conseguir tirar fotografias, ainda levará outros quatro anos a transmiti-los até à Terra, uma vez que o sistema de Alfa do Centauro está a 4,3 anos-luz de distância de nós.
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